O Dia Internacional em Memória e Tributo às Vítimas de Terrorismo é assinalado esta sexta-feira, 21 de agosto. Numa mensagem dedicada à data, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que “é essencial” lembrar as vítimas destes ataques e fazer mais para lhes prestar o apoio que de que necessitam.
O responsável destaca que é necessário “apoiar aqueles que ainda sofrem e continuam a viver com as feridas físicas e psicológicas das atrocidades terroristas”. “Memórias traumáticas não podem ser apagadas, mas é possível ajudar as vítimas e sobreviventes na busca pela verdade, justiça e reparação, ampliando as suas vozes e defendendo seus Direitos Humanos” , refere Guterres.
Este ano, a data é assinalada em plena crise pandémica, com serviços vitais para as vítimas, como o apoio psicossocial, a serem interrompidos, atrasados ou encerrados, enquanto os governos concentram os seus esforços na superação da Covid-19. Neste contexto, Guterres refere que “muitos tributos e comemorações foram cancelados ou transferidos para a internet, dificultando a capacidade das vítimas de encontrarem consolo e conforto”. Devido às atuais restrições, o primeiro Congresso Global das Vítimas do Terrorismo das Nações Unidas também foi adiado para o próximo ano.
Para ajudar as vítimas de ataques a reconstruir as suas vidas, o secretário-geral das Nações Unidas afirma que a comunidade internacional deve trabalhar com parlamentos e governos para adotar legislação e estratégias nacionais. António Guterres não deixa de destacar o “trabalho inestimável” das associações de vítimas, e pede para que “aqueles que sofreram sejam sempre ouvidos e nunca esquecidos”.