A Plataforma de Infância solicitou ao Ministério do Interior espanhol a transferência urgente das 143 crianças migrantes detidas atualmente no Centro de Acolhimento Temporário de Imigrantes de Melilla, uma situação que se prolonga, na maioria dos casos desde o passado mês de março e que estará a violar os seus direitos de acordo com a legislação espanhola.
Em comunicado, a organização denuncia que os menores vivem há meses em condições de isolamento “totalmente inaceitáveis”, sem apoio educativo, o que “agrava o risco na atual crise sanitária e representa “uma violação dos seus direitos de acordo com a legislação espanhola e a Convenção dos Direitos da Criança”.
A taxa de ocupação do Centro quase triplicou nos últimos meses, o que impede os menores de cumprirem com as medidas de distanciamento indicadas pelo Ministério da Saúde, de receberem o adequado seguimento médico ou o material necessário para evitar contágios, adiantam os responsáveis da Plataforma de Infância.
Em abril passado, recorde-se, havia sido emitida uma recomendação pelas autoridades judiciais para que fosse agilizada a saída dos grupos mais vulneráveis dos centros de acolhimento para imigrantes.