O Santuário de Fátima confirmou esta quarta-feira, 2 de setembro, que tem em curso um plano de reestruturação que prevê o despedimento de até 50 trabalhadores, devido à queda abrupta do número de peregrinos, sobretudo estrangeiros, e à consequente quebra de receitas, causadas pela pandemia de Covid-19.
“Desde o início da pandemia que verificámos no Santuário uma diminuição muito expressiva do número de peregrinos, sobretudo estrangeiros. Entre os dias 13 de março e 30 de maio, o Santuário não teve peregrinos e desde que desconfinámos, retomando as celebrações com a presença de peregrinos, a verdade é que tivemos quebras em junho, julho e agosto nos grupos organizados, sobretudo grupos estrangeiros, superiores a 95 por cento”, explicou à agência Lusa a porta-voz do Santuário de Fátima.
Segundo Carmo Rodeia, em resultado do impacto no fluxo de trabalho e na gestão económico-financeira do templo mariano, foi iniciado um plano de reestruturação interna que visa a redução de postos de trabalho, numa primeira fase através de rescisões por mútuo acordo.
“Informou-se os trabalhadores da situação e deu-se a possibilidade de refletirem sobre a sua situação contratual de forma voluntária. Por isso é prematuro estarmos a falar em números concretos para a redução de postos, mas no final do processo estamos em crer que não chegará à meia centena”, acrescentou a responsável, adiantando que o Santuário tem atualmente 308 colaboradores.
Carmo Rodeia adiantou ainda que o Santuário de Fátima decidiu implementar este plano de reestruturação “para garantir a paz social dentro da instituição” e assegurar a sustentabilidade do espaço religioso, “para que em nenhum momento possam ficar comprometidas as condições necessárias para o cumprimento da sua missão, que é acolher os peregrinos”.