A Associação Portuguesa de Apoio a África (APOIAR) existe há 25 anos com o objetivo de quebrar o ciclo da pobreza. Em Mandimba, no Niassa (Moçambique), os elementos da organização encontram-se a preparar a reabertura do “Kukula”, um projeto de alimentação que oferece gratuitamente duas refeições diárias nutritivas e saudáveis aos alunos que se deslocam para a escola.
No âmbito deste programa, diversas cozinheiras “levantam-se ao romper da aurora”, nas zonas “mais remotas” de Moçambique, e dirigem-se para escolas, onde, “com o apoio das mamãs da comunidade”, confecionam refeições para os alunos, explica a organização portuguesa. Além da distribuição das refeições, são realizadas campanhas de higiene, vacinação e de desparasitação.
Numa altura de pandemia, a reabertura deste projeto está a ser preparada com a “distribuição de kits de higiene” e com a “entrega de máscaras”. Além disso, está ainda a proceder-se à “formação da equipa para a prevenção da Covid-19 na comunidade”, revela a associação.
O programa “Kukula” existe para que 23 milhões de crianças africanas “deixem de ir para a escola primária com fome”. “Todos os dias trabalhamos para que cada vez mais crianças tenham acesso a refeições diárias, pois sabemos que, se elas estiverem bem nutridas, terão mais saúde, uma maior assiduidade e um melhor aproveitamento escolar. Acreditamos que este é um caminho fundamental para combater o ciclo da pobreza absoluta”, frisam os membros da APOIAR.
Atualmente, este programa conta com quatro cozinhas que se encontram em funcionamento no Niassa. O projeto abrange cerca de 2.600, e, nos últimos dois anos, permitiu a distribuição de “mais de meio milhão as refeições”. Segundo a associação, as escolas com cozinhas “apresentam taxas mais elevadas de assiduidade, quando comparadas com as escolas em que não se distribuem refeições”. “Temos a ambição de continuar a crescer para que mais e mais crianças possam ter acesso a refeições escolares diárias”, frisa a APOIAR.