A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) renovou o compromisso com as “gigantes digitais” IBM e Microsoft, para o desenvolvimento de novas soluções de inteligência artificial que promovam a segurança alimentar, ajudem a proteger os recursos naturais, a enfrentar os desafios como as mudanças climáticas ou as pandemias, com a da Covid-19.
“A transformação dos sistemas alimentares requer soluções inovadoras para garantir a segurança alimentar e nutricional para todos”, afirmou o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, acrescentando que a agência está a criar a Plataforma Internacional para Alimentos e Agricultura Digitais, onde serão discutidos os benefícios e riscos potenciais da digitalização dos setores agrícola e de alimentos.
De acordo com o responsável, a inteligência artificial pode desempenhar um papel importante nos sistemas alimentares em vários níveis. No setor agrícola, por exemplo, pode otimizar ou realizar algumas atividades desempenhadas por humanos, como o plantio e a colheita, aumentando a produtividade e melhorando as condições de trabalho, e usar os recursos naturais de forma mais eficiente.
Por outro lado, o recurso à tecnologia de satélite permite perceber também, de forma precoce, que áreas agrícolas têm alta probabilidade de stress hídrico e seca. Mas para que estas tecnologias cheguem a quem mais precisa, é preciso reduzir a exclusão digital, alerta a FAO.
Em todo o mundo, seis biliões de pessoas não têm internet de banda larga e quatro biliões não têm internet. Além disso, dois biliões de cidadãos não têm telefones celulares. Também existem lacunas significativas no acesso entre os homens e mulheres, jovens e pessoas mais velhas.