O Plano Nacional de Contingência de Prevenção e Controlo da Covid-19, que o governo cabo-verdiano lançou em março para implementar “atividades de prevenção, deteção e resposta” ao novo coronavírus, vai receber um financiamento adicional de 800 mil euros, atribuídos pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação Internacional para o Desenvolvimento (AID), duas instituições pertencentes ao Grupo Banco Mundial.
O plano implementado em Cabo Verde envolve a libertação de verbas públicas para a aquisição de material de emergência médica e não médica, como luvas, máscaras cirúrgicas, viseiras ou ventiladores, reforçar a capacidade laboratorial do arquipélago, com o fornecimento de consumíveis essenciais, reagentes e stock de equipamentos para emergências, além da compra de equipamento médico, camas e equipamento cirúrgico.
De acordo com informação disponibilizada pelas autoridades cabo-verdianas, a verba é atribuída na forma de subvenção e financiada por parte dos doadores do fundo fiduciário. Cabo Verde regista um acumulado a 6.024 casos de covid-19 desde 19 de março, com 60 mortos por complicações associadas à doença.
Na conferência de imprensa relacionada com a apresentação do Orçamento de Estado para 2021, o ministro das Finanças, Olavo Correia, revelou que já foram gastos este ano 154 milhões de euros em medidas na educação, saúde, proteção dos empregos e produção dos rendimentos, devido à pandemia, o que representa cerca de 14 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde. Se o país não conseguir controlar a pandemia, o governante teme uma “insustentabilidade futura”.