A área ardida este ano em Portugal, que se estima em pelo menos 61 mil hectares, colocou o nosso país em segundo lugar da lista de países da União Europeia com maior superfície destruída pelos incêndios, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês).
Para a Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal, os sucessivos registos de Portugal e o facto do país ter passado do quinto para o segundo lugar da lista “evidenciam um elevado risco para as populações, colocando em causa a vida das pessoas, a saúde pública e a sua fixação em meio rural”.
De acordo com os dados da EFFIS, em 2019, o nosso país ficou com o quinto maior registo de área ardida, com 34.661 hectares, atrás da Roménia, Espanha, França e Itália. Ainda assim, nesse ano, registou a segunda maior área ardida num só incêndio em toda a União Europeia.
Após uma análise comparativa, sobretudo ao nível dos Estados do sul da União Europeia, a organização ligada às atividades florestais destaca os enormes problemas existentes em Portugal no que respeita aos tipos de uso e de ocupação dos solos. “A estratégia até agora seguida, na atual e na anterior legislatura, em nada contribuiu para um menor risco no território, seja em termos ambientais, seja em termos sociais e económicos”, consideram os responsáveis da Acréscimo, citados pela agência Lusa.