O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) encontra-se a trabalhar com autoridades de países latino-americanos, com o objetivo de conceder apoio a venezuelanos que se encontram em fuga da crise política e económica da Venezuela.
Com os efeitos das medidas de contenção da Covid-19, “muitos [venezuelanos] estão a ser despejados das suas habitações temporárias por não poderem suportar com as despesas”, explicam os serviços de comunicação das Nações Unidas. De acordo com o Acnur, cerca de 4 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos foram atingidos pela crise económica gerada pela pandemia, e “não têm para onde ir”.
Entre os venezuelanos a sofrer neste contexto está Eduardo García, um vendedor ambulante em Quito, capital do Equador, que não conseguiu pagar o aluguer do seu apartamento durante quatro meses, e que foi despejado, tendo ainda ficado sem o tratamento contra o HIV durante o confinamento.
Através do trabalho desenvolvido pelo Acnur e por uma organização parceira, Eduardo saiu das ruas, encontrando-se agora num apartamento temporário. Com o levantamento das medidas de confinamento, os profissionais desta agência das Nações Unidas consideram que a falta de uma residência venha a colocar em sofrimento milhões de refugiados e migrantes.