A União Europeia (UE) anunciou esta semana estar a preparar um plano com “o objetivo de desencorajar o recrutamento e a radicalização” e “fomentar a coesão social” na província moçambicana de Cabo Delgado, assolada há três anos por ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.
Segundo um porta-voz da UE , o bloco comunitário tem intenção de “encorajar e apoiar o desenvolvimento de uma abordagem integrada para lidar com a violência armada em Cabo Delgado”, tendo em linha de conta os aspetos humanitário, de desenvolvimento e de segurança, e respeitando sempre “os padrões internacionais de direitos humanos e o Estado de Direito”.
Citado pela agência Lusa, o responsável lembrou que a UE e Moçambique já iniciaram um diálogo político focado nessas três vertentes e sublinhou que já está em marcha assistência humanitária e a nível de cooperação ao desenvolvimento para a região de Cabo Delgado, com programas em curso que constituem “pilares importantes da resposta da União Europeia”.
“Entre as ações concretas em curso, há um programa com o objetivo de desencorajar o recrutamento e a radicalização, e que visa fomentar a coesão social”, adiantou o porta-voz, acrescentando que “o apoio da UE também inclui projetos para a juventude e sociedade civil, para o reforço de capacidades e para a criação de emprego”.