Em todo o mundo, ainda há cerca de 2,8 biliões de pessoas que cozinham com combustíveis tradicionais e poluentes, com lenha, resíduos das colheitas, carvão ou querosene, revela um estudo recente do Banco Mundial. A poluição causada dentro do lar acarreta elevados prejuízos económicos e provoca danos à saúde, ao clima e à produtividade das mulheres, mais sujeitas a queimaduras e doenças pulmonares.
Para universalizar o acesso às tecnologias limpas de cozinha até 2030, uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o estudo prevê que seria necessário um investimento de pelo menos 150 biliões de dólares por ano. Desse total, 39 biliões seriam investidos pelo setor público para garantir que soluções modernas pudessem ser compradas pelos mais pobres.
O setor privado teria que contribuir com 11 biliões de dólares anuais, através da criação de produtos e modelos de negócio que tornem essas tecnologias mais acessíveis. Os restantes 103 biliões viriam da compra de fogões e combustíveis pelas famílias.
Neste contexto, além de recomendar o aumento do financiamento público e privado nesta área, o Banco Mundial propõe a inclusão no planeamento energético nacional a modernização das fontes de energia para cozinhar e a criação de alianças com líderes políticos para promover a discussão sobre o tema em espaços globais e nacionais.