Depois de semanas de luta de líderes religiosos, partidos políticos, ativistas e organizações de defesa dos direitos humanos, a menina católica de 13 anos sequestrada e obrigada a casar com um homem de 44 anos, foi resgatada pelas autoridades por ordem do Tribunal Superior da província paquistanesa de Sindh e colocada sob custódia num centro de acolhimento feminino. O alegado sequestrador foi detido.
“Toda a comunidade cristã paquistanesa está agradecida ao governo de Sindh, aos juízes do Tribunal Superior e às forças de segurança pela sua rápida resposta às ordens judiciais para salvar Arzoo [Raja]. Convidamos todos a continuar a rezar até que obtenhamos justiça para Arzoo, e espero que a consigamos rapidamente”, reagiu o vigário geral da arquidiocese de Karachi, Diego Saleh.
Em declarações à agência Fides, o padre James Channan, diretor do Peace Center de Lahore, congratulou-se com o resgate da menina, e em particular pela união civil e inter-religiosa que se verificou neste caso. “É uma vitória da lei e a da justiça que podemos alcançar no Paquistão. O sequestro, a conversão forçada e o matrimónio com Azhar Ali, uma pessoa maldosa de 44 anos, foi um duro golpe e um desafio para o nosso sistema judicial e político. A libertação de Arzoo em tão pouco tempo é um sinal da luta comum, das orações, manifestações pacíficas e de protesto da comunidade cristã”, sublinhou o sacerdote.