O sarampo matou mais de 207 mil pessoas o ano passado e o número de óbitos acumulado entre 2016 e 2019 revela um aumento da mortalidade na ordem dos 50 por cento, uma subida recorde desde 1996, segundo um estudo conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Após um período de progresso global constante na luta contra o sarampo, voltou a registar-se uma regressão nos últimos três anos. De acordo com os especialistas, a falta de vacinação de crianças com as duas doses foi o principal fator do aumento de novos casos e de mortes. Por outro lado, alertam, a doença também se propaga quando pessoas não imunizadas contaminam outras também sem vacina ou com a imunização incompleta.
Este mês, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiram um apelo de emergência para prevenir e responder a surtos de sarampo e pólio. Agora, este novo estudo recomenda uma abordagem mais profunda às diversas causas do fracasso no controle do sarampo e apela aos países afetados e em risco que garantam que as vacinas estão disponíveis e são administradas em segurança.