Mesmo com os avanços no combate ao uso de minas terrestres, continuam a morrer pessoas devido ao uso deste tipo de artefactos nos conflitos de longa duração, sobretudo pelo grupos armados não estatais. O ano passado, segundo dados recolhidos pela organização Monitor de Minas Terrestres, as minas causaram a morte a cerca de 2.200 civis e ferimentos em mais 5.500.
De acordo com uma especialista que participou na pesquisa, apesar das campanhas de consciencialização sobre o risco de minas serem eficientes nas comunidades, os acidentes com civis geralmente são causados por pessoas que estão a precisar ou a procurar alimentos. Os homens representam mais de 80 por cento das vítimas civis e militares, porque têm mais tendência para arriscar e são também mais ativos fora de casa especialmente na agricultura. E quase metade de todas as vítimas fatais civis, nos últimos anos, são crianças.
O ano passado as ações desminagem permitiram o desmantelamento de mais de 269 mil minas, mas este ano, devido à pandemia de Covid-19, verificou-se uma reduções nas ações de limpeza, enquanto muitos dos conflitos não dão sinais de abrandamento. O relatório descreve que os grupos armados não estatais continuam a lançar bombas terrestres em pelo menos seis países: Afeganistão, Colômbia, Índia, Líbia, Myanmar e Paquistão.