Enquanto muitos dos países europeus anunciam campanhas de vacinação contra a Covid-19 já para janeiro do próximo ano, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, alertou esta terça-feira, 17 de novembro, que mesmo com a vacinação massiva, o vírus ainda continuará a ter “muito espaço de manobra”.
“Uma vacina, por si só, não acabará com a pandemia”, afirmou o líder da OMS, sublinhando que o fornecimento das vacinas será limitado inicialmente aos profissionais de saúde e outras populações vulneráveis, o que poderá representar uma grande ajuda aos sistemas hospitalares mas não significa a rápida erradicação da doença.
Entretanto, o governo francês anunciou que conta iniciar uma campanha nacional de vacinação contra o novo coronavírus em janeiro de 2021, data em que se espera que as primeiras vacinas estejam aprovadas e disponíveis. Também a Bélgica disse pretender disponibilizar gratuitamente qualquer vacina contra a Covid-19, apontando como objetivo vacinar pelo menos 70 por cento da população.
A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou esta semana ter atingido 94,5 por cento de eficácia num ensaio clínico de vacinas com mais de 30 mil participantes, depois de, na semana passada, a empresa Pfizer e sua parceira alemã BioNTech terem divulgados divulgado que a sua vacina era 90 por cento eficaz.
A Europa está a ser duramente atingida pela pandemia, o que tem exige dos governos medidas mais restritivas. A Suécia, que na primeira vaga chamou a atenção por assumir uma abordagem mais suave no combate ao vírus, decidiu, esta segunda-feira, proibir, pela primeira vez, as reuniões de mais de oito pessoas. E a Alemanha iniciou uma nova ronda de confinamento, ao ordenar o encerramento de estabelecimentos de ensino e lojas até 6 de dezembro. A nível mundial, as infeções aproximaram-se dos 55 milhões com mais de 1,3 milhões de mortes.