O acesso à água e saneamento para todos até 2030 faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) mas as Nações Unidas alertam que é necessária mais vontade política para enfrentar esta crise global da falta de tratamento dos esgotos, recordando que estes bens são um direito.
Em todo o mundo, há 4,2 biliões de pessoas sem acesso ao saneamento e, até 2050, 5,7 biliões poderão viver em áreas com escassez de água pelo menos uma vez por mês. Para a ONU, o acesso ao saneamento básico é um direito de todos, assim como água limpa e lavagem de mãos para ajudar a proteger e a manter a saúde e a acabar com a propagação de doenças infecciosas como a Covid-19, cólera e a febre tifoide.
Com o ritmo das alterações climáticas, que gera cheias, secas e o aumento do nível do mar, os sistemas de saneamento ficam ameaçados. As águas das cheias podem contaminar os poços e fontes usadas para água potável e podem também danificar esgotos e fossas levando os dejetos humanos a contaminar plantações e a causar doenças letais.
A ONU recorda ainda que cerca 40 por cento dos habitantes do globo vivem sem água e sabão para lavar as mãos, e que todos os dias, mais de 800 crianças morrem de doenças como diarreia e outras infeções causadas por falta de saneamento e pelo consumo de água contaminada.