Só em novembro, foram notificados quatro milhões de contágios com Covid-19 na Europa. Alguns sistemas de saúde estão sobrecarregados e cada vez surgem mais notícias de surtos em escolas e lares de idosos. O número de vítimas mortais ronda os 4.500 por dia, o que significa que morre um europeu com a doença a cada 17 segundos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) pede a colaboração de todos com as autoridades para diminuir a transmissão do vírus.
“De cada vez que decidirmos seguir as normas de saúde, travar a propagação de informação falsa ou abordar a negação da crise, contribuimos para prevenir a perda de vidas com Covid-19. Se todos atuarmos, podemos conseguir um impacto” positivo, afirmou esta semana o diretor da OMS para a Europa.
Hans Kluge recordou que os trabalhadores sociais e de saúde estão debaixo de um imensa pressão e a fazer grandes sacrifícios e pediu uma maior responsabilidade de todos para a difícil temporada que se avizinha durante o inverno. Segundo ele, uma das formas de apoiar estes profissionais é o uso massivo da máscara de proteção individual, pois se a taxa de utilização chegasse aos 95 por cento, não seriam necessárias medidas de confinamento.
Em relação às vacinas, o responsável admitiu que representam uma grande esperança na guerra contra o vírus, mas que não significam a erradicação completa da doença. “Nos últimos dias, recebemos boas notícias com duas vacinas particularmente prometedoras. No entanto, esta promessa nunca se fará realidade se não garantirmos que todos os países têm acesso ao mercado de vacinas, que se entreguem de forma equitativa, que se implementem de maneira efetiva e que os países esclareçam as dúvidas dos seus cidadãos em relação à vacinação”, sublinhou Kluge.
Com a aproximação da época natalícia, o representante da OMS na Europa lembrou que as grandes reuniões devem ser evitadas e sugeriu que, apesar do frio, seria uma boa ideia promover os encontros familiares ao ar livre, se as restrições o permitirem: “Será um Natal diferente, mas mesmo assim pode ser alegre. Este não é o momento de perder a esperança, mas de fazer todos os possíveis para reduzir o risco individual e comunitário”.