Até 13 de dezembro, os Bancos Alimentares Contra a Fome estão a recolher donativos, através de vales disponíveis nos supermercados e na internet. O objetivo é assegurar apoio para as famílias que já viviam na pobreza e aquelas que enfrentam o impacto de uma “crise económica sem precedentes”, causada pela pandemia de Covid-19.
“É fundamental a atenção aos outros e só com grande solidariedade e coesão, numa união de esforços da sociedade civil com a intervenção do Estado, será possível evitar situações de rutura social e de desespero”, afirma a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Segundo Isabel Jonet, o “impacto social das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia foi de uma dimensão inacreditável” e atirou para a pobreza “muitos milhares de pessoas que nunca imaginaram ver-se nesta situação”. Para as ajudar a ultrapassar este período menos bom, a campanha solidária agora iniciada convida à partilha de alimentos, através do mote “À nossa mesa há sempre lugar para mais um”.
O ano passado, os 21 Bancos Alimentares em Portugal distribuíram “23.382 toneladas de alimentos – com o valor estimado de 31,7 milhões de euros -, num movimento médio de 93,5 toneladas por dia útil”, prestando assistência a 2.400 instituições. Os alimentos foram entregues a “perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas”.