Portugal foi o país da União Europeia que registou uma maior diminuição nas remunerações, com uma quebra de 13,5 por cento, nos primeiros seis meses do ano, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Espanha e Irlanda foram os países que se seguiram na lista das reduções salariais, com quebras superiores a 10 por cento.
Como o estudo não tem em consideração as medidas governamentais, como o sistema de “lay-off” simplificado enormemente adotado em território português, as reduções nos horários de trabalho representaram a principal fatia da quebra salarial (11,7 por cento), e os despedimentos apenas 1,8 por cento.
Segundo o relatório da OIT, nos países que avançaram com fortes medidas de preservação do emprego, os efeitos da crise fizeram sentir-se “mais na baixa dos salários e menos em perdas massivas de emprego”. A organização destaca ainda que, em média, nos 28 países europeus analisados, as subvenções permitiram compensar 40 por cento da perda salarial média na Europa, estimada em sete por cento.