A violência de género tem vindo a aumentar nos campos de refugiados, especialmente durante este período de pandemia, e o coletivo de artistas sul-sudaneses Anataban pede mais apoio psicossocial junto das famílias para prevenir os conflitos, sobretudo nos acampamentos do Uganda, onde se encontram cerca de 800 mil pessoas quye fugiram do Sudão do Sul.
De acordo com Juan Jacklyn, a maioria dos casos de violência de género resulta de frustrações pela perda de oportunidades laborais e outras fontes de sobrevivência. As famílias enfrentam vários problemas e as frustrações, geralmente, se manifestam em forma de violência contra cônjuges ou filhos.
“Observando a situação no Sudão do Sul, onde os conflitos e a violência são um mal endémico, não há dúvida de que os refugiados que fugiram do seu país e agora vivem em acampamentos estão traumatizados e necessitam de apoio psicossocial. E oferecer este apoio a nível familiar é muito útil para abordar os casos de violência de género”, explicou o ativista, citado pela agência Fides.
Jacklyn recorda que muitas famílias em dificuldades para suprir as suas necessidades básicas têm sido levadas a oferecer os seus filhos por não conseguirem proporcionar-lhes alimentação e educação adequadas. E considera, por isso, que o apoio psicossocial deve chegar a todos os membros da família.