As ondas de calor têm-se acentuado um pouco por todo o mundo, mas os especialistas temem que se tornem mais quentes e perigosas no continente africano, mesmo que o aquecimento global se mantenha abaixo de 1,5 graus centígrados.
As projeções climáticas preveem aumentos particularmente fortes de calor extremo para a África oriental e meridional, e tendo em conta as alterações populacionais, estima-se que o número de pessoas expostas a um calor perigoso nas cidades africanas se multiplique, pelo menos por 20 até ao final do século.
Segundo dois investigadores da Universidade de Oxford, citados pelo El País, para minimizar os riscos para a saúde das populações, é fundamental que se melhorem significativamente os sistemas de alerta e os planos de ação, com mais informação dos períodos históricos de calor extremo na África subsariana do ponto de vista puramente meteorológico.
Luke Harrington e Friederike Otto defendem ainda a adoção de medidas “relativamente simples, como a abertura dos edifícios públicos para proporcionar abrigos frescos, ou a distribuição de água potável gratuita”. Ao mesmo tempo, sugerem o maior colaboração entre investigadores locais, hospitais e epidemiologistas, para identificar com mais rigor os impactos diretos do calor extremo na saúde.