O líder do grupo extremista Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou esta terça-feira, 15 de dezembro, o ataque a um liceu no noroeste da Nigéria, na madrugada de sábado, e o rapto de alguns dos alunos, em número ainda indeterminado. As autoridades continuam as operações de resgate para apurar o paradeiro dos alunos que conseguiram fugir aos agressores.
Até agora, mais de 300 jovens continuam dado como desaparecidos, desde que um grupo de mais de uma centena de homens armados atacou a escola rural de Kankara, no estado de Katsina, a centenas de quilómetros da região onde o Boko Haram costuma atuar.
O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, já condenou o ataque e ordenou o reforço da segurança em todas as escolas. No estado de Katsina, os estabelecimentos escolares foram fechados. E o exército assegurou ter localizado “o covil dos bandidos” e iniciado uma operação militar para os neutralizar.
A segurança deteriorou-se fortemente no norte da Nigéria desde a eleição de Buhari, em 2015, que anunciou a luta contra o Boko Haram como prioridade do mandato. Recorde-se que, este mesmo grupo, foi responsável pelo rapto de 276 raparigas numa escola em Chibok, em 2014, o que desencadeou uma onda de indignação mundial.