O programa “Maria menina” tem como propósito formar alunas em saúde sexual e reprodutiva, assim como em higiene feminina, e teve mais uma sessão de informação, desta vez na comunidade de Natôa, na província moçambicana de Nampula, chegando até 25 alunas que frequentam a 7.ª e 8.ª classes, conforme apontam os envolvidos no projeto.
A iniciativa é desenvolvida pela Helpo, uma organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa presente naquele país africano, que destaca o impacto que um projeto como este pode assumir na vida de tantas raparigas.
Os responsáveis pelo programa sublinham que nas áreas rurais de Moçambique as “vulnerabilidades a que as raparigas estão sujeitas são imensas”. As desigualdades de género ali existentes “convertem-se em gravidezes precoces, casamentos prematuros e violência de género”.
Tais situações tornam-se em “causas e efeitos da baixa escolaridade”, sendo que o “absentismo escolar das raparigas é também extremamente agravado pelo tabu existente acerca da menstruação e dos escassos recursos económicos para manter uma higiene saudável”, refere o organismo português.
Tendo em conta este conjunto diverso de circunstâncias, as sessões do programa “Maria menina” são também uma ocasião para a distribuição de kits de higiene íntima. Segundo a Helpo, “um kit é composto por pensos higiénicos reutilizáveis, cuecas de algodão, sabão, bloco e caneta”.
Nesta ação, a ONGD nacional conta com o apoio da Fundação Galp. Os dinamizadores do programa destacam que “manter as raparigas na escola as protege” e dá-lhes “mais garantias de um futuro em que possam ser autónomas e livres”.