O secretário-geral das Nações Unidas pede que a recuperação da pandemia seja aproveitada para se implementar o Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, e sugere que se reinvente a mobilidade humana para permitir que os migrantes dinamizem as economias dos países de origem e construam sociedades mais inclusivas e resilientes.
Numa mensagem alusiva o Dia Internacional dos Migrantes, que se assinala esta sexta-feira, 18 de dezembro, António Guterres recorda que existem atualmente cerca de 272 milhões de pessoas a viver fora dos seus países, o que representa um acréscimo de 51 milhões de pessoas, em relação a 2010.
Já os especialistas em direitos humanos da organização aproveitam para defender a inclusão de migrantes e familiares nos planos nacionais de resposta e recuperação da Covid-19, independentemente da situação migratória onde vivam. Segundo eles, a pandemia revelou que as contribuições desses trabalhadores são essenciais para as economias em nível global, uma vez que prestaram serviços fundamentais na crise, incluindo em lares, na área de saúde e nos cuidados.
Os relatores da ONU lembram o risco das limitações de acesso dos migrantes à proteção social e a condições de trabalho decentes, além do grave perigo de exploração a que estão expostos, pelo que exortam os países a tratar todos os migrantes com dignidade e a proporcionar igualdade de acesso a serviços, benefícios, informações e assistência.