O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) advertiu esta semana que a não redução imediata das emissões de gases de efeito estufa coloca em risco de branqueamento os recifes de coral em todo o planeta até final do século. “Antes que seja demasiado tarde, a humanidade deve atuar com urgência, ambição e inovação baseadas em evidências científicas a fim de modificar a trajetória deste ecossistema”, apelou uma das investigadoras da agência.
Os recifes têm um papel fundamental, já que alimentam uma ampla variedade de espécies marinhas, protegem as costas da erosão pelas ondas e tempestades, absorvem nitrogénio e carbono e ajudam a reciclar os nutrientes. A sua perda não só terá consequências devastadoras para a vida marinha, como também para mais de mil milhões de pessoas que beneficiam direta ou indiretamente dos corais.
As altas temperaturas oceânicas são uma das principais causas do branqueamento dos corais. Quando as águas aquecem demasiado, os corais libertam a sua fonte de energia de algas e ficam brancos. Podem recuperar do branqueamento se as condições melhorarem, porém, o aquecimento global progressivo pode debilitá-los irremediavelmente.