O Centro Astalli, do Serviço Jesuíta aos Refugiados, pede, mais uma vez, que a União Europeia ative canais humanitários e rotas legais de entrada. O apelo surge perante o drama de milhares de refugiados que tentam entrar na Europa a pé, pela rota da Bósnia, e que se deparam com atos de violência, baixas temperaturas e más condições de vida.
O Centro Astalli, dos sacerdotes jesuítas, pede para que sejam encontradas “soluções estruturais e prioritárias para a gestão controlada e segura da entrada de migrantes na Europa”. “A Europa deve agora ativar planos de redistribuição dos migrantes em todos os estados membros pois eles têm o direito de serem acolhidos e protegidos”, refere Camillo Ripamonti, sacerdote e presidente do Centro Astalli.
“Não é possível abandonar seres humanos na neve. Vamos pôr um fim à guerra contra os migrantes combatida com as armas da indiferença e do desprezo cego”, apela o religioso, citado pelos serviços de comunicação do Vaticano. São milhares os migrantes que esperam entrar na União Europeia e que se encontram atualmente bloqueados na Bósnia, sobretudo na região noroeste de Krajina. O inverno na região é habitualmente muito rigoroso, agravando as condições de vida destas pessoas que “fogem da guerra e de crises humanitárias como a do Iraque, da Síria e da Turquia”, indica em comunicado o Centro Astalli.