A Mariza cantou que o tempo não para. O tempo é coisa rara e a gente só repara quando já passou. O ano 2020 já foi, e agora começa 2021, e esperamos que termine bem. São 12 meses de dádiva e de encontro, e muitas horas para apreciar e aproveitar o nosso tempo. Ano novo, com novas possibilidades e novos projetos, muitos deles são atividades do ano passado que foram adiadas, e temos alguma pressa em concretizá-las.
Temos já as resoluções do ano, os projetos de vida, orçamentos do ano e muitos outros planos. Ainda não sabemos bem o que nos espera, mas continuamos a manter a nossa esperança viva – não cessar de planear e de sonhar.
Sem dúvida, teremos que estruturar bem o nosso tempo, para aproveitá-lo da melhor forma. O nosso tempo não se multiplicará com a nossa boa organização. Ou seja, não passaremos a ter mais meses ou mais horas por termos organizado bem o nosso tempo, mas teremos que caminhar ao lado do tempo para evitar grandes pressões, e obter o melhor dos nossos rendimentos.
Muitas vezes ouvimos lamentações como: “Não tenho tempo” e, “tenho muito para fazer”. O nosso tempo é cada vez mais preenchido com muitas preocupações, e algumas não importantes. O tempo passa cada vez mais depressa, e nós corremos atrás dele. Parece que, às vezes, consideramos o tempo como nosso adversário e lutamos contra ele. Damos muitas voltas para realizar as nossas tarefas, tentando vencer o tempo. Já tinha escrito há uns meses, nesta secção, e repito: o trabalho não nos dá tudo. É necessário ter tempo para gozar a vida e restituir as energias e, com esta energia, alimentar o nosso trabalho.
“Vivo no tempo e a experiência do tempo tem um papel essencial na minha humanidade. Nesse sentido, primeiro tenho de senti-lo de uma maneira diferente”, disse Anselm Grun. Aproveitemos este novo ano, dedicando tempo a tudo, trabalhos, lazer, oração e descanso. Não podemos fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, ou fazer sempre tudo depressa. Temos que apreciar o tempo que temos e dedicar a nossa atenção àquilo que fazemos. Apesar de muito trabalho, devemos ter tempo para nós próprios e para as nossas famílias.