Os Magos “perceberam os sinais de Deus numa estrela porque se dedicavam a observar os astros e estavam em atitude de procura, pois só percebe os sinais de Deus aquele que O procura realmente”, disse aos peregrinos Carlos Cabecinhas, sacerdote e reitor no Santuário de Fátima, na Eucaristia a que presidiu na Basílica da Santíssima Trindade, na manhã do último domingo, 3 de janeiro, data em que a Igreja celebra a Epifania do Senhor.
“Também hoje Deus envia-nos os Seus sinais”, e o desafio é “viver a fé numa atitude de desejo de Deus, de procura e de atenção aos sinais da Sua presença”, disse o religioso, adiantando que tais sinais são visíveis quando “somos animados por este desejo de prestar atenção aos sinais de Deus”.
Segundo Carlos Cabecinhas, a jornada que os Magos realizaram “é um percurso de conversão”, pois procuraram o Messias “que a estrela anunciava em Jerusalém”. Os Magos acabam por encontrar Cristo num lugar secundário, de “grande pobreza e simplicidade, mas foram capazes de reconhecer naquela frágil criança o Salvador”, destacou o responsável, citado pelos serviços de comunicação do Santuário de Fátima.
“O nosso Deus é um Deus surpreendente, e ter fé é aprender com os Magos a converter permanentemente a nossa imagem de Deus de acordo com o Evangelho, é não criarmos ‘deuses’ à nossa medida e à medida dos nossos desejos e expetativas, é não nos colocarmos a nós mesmos no lugar que só a Deus compete, na nossa vida”, disse o reitor do templo mariano.