O regresso às aulas presenciais em Moçambique “ainda não foi possível para a maioria dos estudantes”, lamenta a equipa da Helpo, uma organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa presente naquele país africano. Apesar das aulas presenciais ainda não serem uma realidade, o organismo português afirma que a “ansiedade e motivação” dos alunos para regressarem à escola “é imensa”.
A organização portuguesa lamenta o facto das crianças e adolescentes estarem “sem poder aprender”, sem os amigos na escola, e alerta para a possibilidade destas circunstâncias poderem “potenciar o abandono escolar, já que muitos estudantes tiveram a necessidade de ajudar a família a procurar rendimentos para a sua sobrevivência”.
Perante este problema, a ONGD portuguesa considera ser importante “criar incentivos para que os estudantes possam continuar a estudar”. Neste sentido, a Helpo procedeu à “distribuição de kits alimentares para todos os estudantes do ensino secundário da comunidade de Natôa, na província de Nampula”.
Cada kit oferecido continha “um litro de óleo de cozinha, dois quilos de açúcar e um quilo de sal, produtos essenciais na alimentação das populações rurais e de baixo poder económico”. Os kits foram entregues a “193 estudantes, dos quais 139 meninos e 54 meninas, pertencentes à 8.ª e 9.ª classes”.
A organização portuguesa afirma que os alunos receberam estes bens “com grande satisfação e gratidão”. O apoio fornecido constitui assim um “forte incentivo para regressarem à escola”, assim que tal for possível. A doação dos kits tornou-se possível com a contribuição da Fundação Galp.