A Igreja Católica de El Salvador, representada pelo arcebispo de San Salvador, José Luís Escobar Alas, reuniu-se esta semana uma comissão de deputados da Assembleia Legislativa, a quem pediu uma reforma da Constituição que garanta o direito humano a alimentação adequada para os salvadorenhos.
“A iniciativa pretende garantir o direito à alimentação com dignidade e adequada, e que as pessoas tenham um salário justo. El Salvador é um dos poucos países em que não está reconhecido o direito à alimentação e isto não pode continuar assim”, justificou o arcebispo, temendo um agudizar da segurança alimentar depois da tempestade tropical Cristóbal, dos vários furacões que fustigaram o país e do impacto da pandemia de Covid-19.
Apoiado pela Aliança pela Reforma Constitucional pelo Direito Humano à Alimentação, José Luís Alas, explicou que o que se pretende é a reforma do artigo 69 da Constituição, para que passe a reconhecer “o direito dos salvadorenhos a uma alimentação adequada, digna, estável, duradoura e saudável”.
O ano passado, recorde-se, o Congresso aprovou uma reforma da Constituição em que se reconhece o acesso à água e ao saneamento como um direito humano, uma alteração que deve ser ratificada na próxima legislatura.