“Com os esforços para a recuperação focados na transição energética, podemos acrescentar seis milhões de postos de trabalho a curto prazo. As renováveis podem gerar três vezes mais empregos que os combustíveis fósseis”, assegurou o diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis, Francesco la Camera, na sessão de abertura da XI assembleia anual da organização.
O secretário-geral das Nações Unidas também defendeu a necessidade de se aproveitar o investimento na recuperação da crise pós-pandemia para impulsionar as energias renováveis, propondo a criação de uma coligação global para a neutralidade de carbono.
“Os biliões de dólares necessários para a recuperação da pandemia devem ser utilizados simultaneamente para dirigir as nossas economias até uma situação de emissões líquidas zero. Temos que construir uma coligação global para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. As tecnologias renováveis são a primeira opção de estratégias de descarbonização”, destacou António Guterres.
Por sua vez, a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, manifestou a intenção da União Europeia liderar com o exemplo para demonstrar que o investimento em ação climática “é uma forma efetiva de estimular a economia, criar emprego e reduzir a fatura energética”. “Estou segura de que este será o ano em que se investirá muito em energias renováveis tanto através dos orçamentos estatais como por parte do setor privado”, sublinhou.