A União Europeia (UE) vai disponibilizar este ano 1,4 mil milhões de euros para ajuda humanitária a mais de uma centena de países, o que representa um aumento de cerca de 60 por cento em relação ao ano passado, informou esta terça-feira, 26 de janeiro, a Comissão Europeia.
Em comunicado, o comissário para a Gestão das Crises, Janez Lenarcic, referiu que este aumento irá “permitir que a UE continue a desempenhar um papel global de liderança na resposta a crises que já existem ou que emergem”, numa altura em que “a diferença entre os recursos financeiros fornecidos pelos doadores e as necessidades humanitárias crescentes está a aumentar”.
A maior fatia, cerca de 505 milhões de euros, será canalizada para África para “apoiar pessoas afetadas pela crise a longo prazo no Lago Chade”, mas também “aqueles que sofram de crises de nutrição ou de comida, agravados por incidentes securitários ou conflitos de comunidades” e “aqueles que se encontram deslocados devido a conflitos armados”.
Segundo o executivo comunitário, o Médio Oriente e a Turquia irão receber 385 milhões de euros com o objetivo de “ajudar quem foi afetado pela crise regional síria, mas também pela situação extremamente severa no Iémen”. Para situações de assistência humanitária na Ásia e na América Latina – como as “crises na Venezuela e na Colômbia” ou os refugiados rohingya da ex-Birmânia – a União Europeia prevê 180 milhões de euros. Restam ainda 302 milhões de euros que ficam reservados para “crises humanitárias imprevistas ou picos repentinos nas crises já existentes”.