O novo Índice de Democracia, divulgado esta quarta-feira, 3 de fevereiro, pela The Economist Intelligence Unit, coloca Portugal novamente na categoria de “democracia com falhas”, um retrocesso generalizado aos países de língua oficial portuguesa, impulsionado pelas medidas de restrição impostas pela pandemia de Covid-19.
A lista coloca Portugal e França no mesmo patamar e exatamente com o mesmo avanço e recuo: ambos os países tinham na edição anterior avançado para “país totalmente democrático” e ambos perderam agora esta categoria, sendo os únicos na Europa Ocidental a registarem estes movimentos.
Em ambos os casos, as restrições impostas como forma de conter a propagação da covid-19, nomeadamente os confinamentos gerais, o distanciamento social e várias outras medidas, explicam grande parte da queda da categoria de “país totalmente democrático” para “democracia com falhas”, refere a agência Lusa.
De acordo com o relatório, não há um único país de língua portuguesa classificado como “democracia plena”. A Guiné-Bissau, que no índice do ano anterior havia sido destacada pelos “progressos notáveis”, manteve a sua pontuação de 2.63 em 10 pontos possíveis, assim como classificação de regime “autoritário”, a mesma de Angola, Moçambique e Guiné Equatorial.
Já Cabo Verde caiu duas posições e é o segundo país com melhor classificação na África Subsaariana, região onde as ilhas Maurícias são a única “democracia plena”. Além de Portugal, Brasil e Timor-Leste também estão integrados na categoria de “democracia com falhas”.