Portugal registou prejuízos superiores a 50 milhões de euros por causa dos desastres naturais em 2020, um ano em que as cheias, tempestades e outros fenómenos provocaram perdas globais de 220 milhões de euros, revela o mais recente balanço feito pela multinacional de seguros Aon.
O ano passado as perdas económicas mundiais aumentaram cerca de 17 mil milhões de euros em relação ao ano anterior, na sequência das 416 catástrofes naturais registadas, que terão provocado também a morte a mais de oito mil pessoas. Em 64 por cento dos desastres, os prejuízos não estavam cobertos pelo seguro.
Os ciclones tropicais foram responsáveis pelas maiores perdas (64 mil milhões de euros), seguindo-se as cheias, com perdas de 62 mil milhões e as tempestades com estragos avaliados em 51 mil milhões de euros. Em Portugal, as cheias na Madeira no dia de natal provocaram danos de valor superior a 29 milhões de euros.
Já a tempestade Alpha, em setembro, provocou estragos superiores a 20 milhões de euros e a tempestade Barbara, no final de outubro, fez danos no valor de 57 milhões de euros repartidos por Portugal, Espanha e França.
Dos fenómenos com mais impacto, a época das cheias na China, de junho a setembro, provocou cerca de 28 mil milhões de euros em prejuízos, enquanto o furacão Laura fez estragos no valor de 14 mil milhões de euros nos Estados Unidos da América e nas Caraíbas e o ciclone Amphan causou 12 mil milhões de euros em estragos no sul da Ásia.