O Parlamento Europeu aprovou uma avaliação à diretiva europeia contra o tráfico de seres humanos, onde reclama punições para os consumidores de serviços sexuais disponibilizadas por vítimas de tráfico e pede a unificação de critérios na União Europeia para proteção das mulheres, crianças e migrantes, os grupos considerados como mais vulneráveis.
No texto, os eurodeputados solicitam à Comissão Europeia que trate de garantir que os 27 tipificam explicitamente como delito penal o uso “com conhecimento de causa” de qualquer serviço prestado por vítimas de tráfico que implique exploração.
“Queremos que a Comissão reveja a diretiva para assegurar que todos os Estados-membros castigam penalmente o uso de serviços oferecidos pelas vítimas de tráfico”, assinalou o eurodeputado socialista Juan Aguilar, sublinhando que se deve garantir que se acaba com “a cultura da impunidade” que rodeia esta prática de “delinquência transnacional”.
Segundo o relatório de avaliação, o tráfico de pessoas afeta sobretudo as mulheres e meninas (92 por cento), enquanto a maioria dos traficantes são do sexo masculino (mais de 70 por cento). O documento alerta ainda para o facto das redes sociais e as novas tecnologias servirem cada vez mais para atrair e captar potenciais vítimas.