A Assembleia Geral das Nações Unidas e a União Interparlamentar encerram esta quinta-feira, 18 de fevereiro, a sessão anual sobre o combate à corrupção, um encontro destinado a restaurar a confiança nos governos e melhor as perspetivas de desenvolvimento, tendo em conta que este tipo de crime atinge mais severamente os mais vulneráveis.
Na sessão de abertura, o presidente da Assembleia Geral da ONU recordou que a resposta dos governos à pandemia envolveu triliões de dólares em medidas fiscais de emergência para apoiar as populações e economias, com a atuação de muitos parlamentares. Mas apesar das oportunidades criadas com os fundos adicionais para recuperar melhor, também houve novos riscos. Entre eles estão a possibilidade de menor supervisão e transparência por causa da urgência de atender as necessidades criadas pela pandemia.
Segundo Volkan Boskir, os parlamentos podem desempenhar um papel essencial em garantir que esses fundos não sejam desviados através da corrupção, e que este crime “não prive os mais vulneráveis de suprimentos médicos ou programas de assistência”. Um dos exemplos é a distribuição das vacinas contra a Covid-19, um processo onde é preciso garantir que a corrupção não impeça ou bloqueie “a disponibilidade e distribuição equitativa das vacinas ou, na pior das hipóteses, a sua falsificação”.