A Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome, em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicou esta semana um relatório sobre a situação na Somália, onde estima que este ano mais de 2,6 milhões de pessoas enfrentem insegurança alimentar extrema.
O documento indica que a praga dos gafanhotos do deserto continuará a aumentar o risco de danos às pastagens e às plantações em todo o país, e a probabilidade de chuvas abaixo da média durante a época entre abril e junho na maior parte do país deve agravar ainda mais a insegurança alimentar e nutricional para milhões de pessoas.
No último semestre de 2020 cerca de 1,8 milhão de pessoas receberam ajuda alimentar por mês, em média, em diversos pontos da Somália, o que ajudou a minimizar a magnitude da crise. Mas, segundo a FAO, são necessários fundos urgentes para impulsionar esforços para reduzir novas ameaças. Pelo menos 1,6 milhão de pessoas enfrentam um nível de crise ou pior no primeiro trimestre de 2021.
Outros 2,5 milhões de pessoas estão sob pressão, o que eleva o total de vítimas de insegurança alimentar aguda para 4,1 milhões. Esse número inclui cerca de 840 mil crianças menores de cinco anos que poderão sofrer desnutrição aguda, alerta a agência da ONU.