Os povos do sul de Angola sofrem com “fatores que condicionam” a sua segurança alimentar, como as consequências das “alterações climáticas, o acesso a água e os baixos recursos” para a “aquisição de instrumentos agrícolas e sementes resistentes à seca e adaptadas às condições existentes”, explica a Fundação Fé e Cooperação (FEC).
No contexto do projeto “Emanguluko – Promoção da Resiliência nas Comunidades afetadas pela Seca na Província da Huila”, a FEC, a Cáritas Angolana e a Cáritas Arquidiocesana do Lubango têm procurado “desenvolver ações que permitam um reforço da segurança alimentar das famílias” com as quais lidam, “através da capacitação em práticas agrícolas mais sustentáveis, da promoção das sementes locais (bancos de sementes) ou através da distribuição direta de árvores e sementes”.
No final de 2020, e depois da “preparação dos terrenos das famílias com a ajuda da Cáritas Arquidiocesana do Lubango e dos facilitadores comunitários, foi feita uma distribuição de 850 quilos de sementes de feijão”. No decorrer desta “ação foram apoiadas 71 famílias, das quais 25 têm como chefe do agregado mulheres”, refere a FEC, em comunicado.
De acordo com a fundação, “estes 25 agregados receberam um maior reforço em termos de quantidade de feijão e variedades, tendo em conta a sua acrescida vulnerabilidade social”. Assim, “procurou-se reforçar a segurança alimentar e os meios de sobrevivência destas famílias, na medida em que as sementes contribuíram para o aumento da produção familiar, permitindo o auto-consumo e a venda da produção adicional”, adianta a FEC. O projeto “Emanguluko” é executado em parceria com a Cáritas de Angola e a Cáritas Arquidiocesana do Lubango. O programa é financiado pelo Instituto Camões e pela organização Misereor.