A Comissão Europeia (CE) adotou esta semana uma nova estratégia de adaptação à crise climática para melhorar as ações nesta área, perante os efeitos já visíveis do aumento da temperatura global, que incluem secas, inundações e as zonas costeiras com cada vez maiores índices de erosão.
Segundo dados do executivo comunitário, os fenómenos meteorológicos relacionados com a crise climática geram perdas anuais na União Europeia (UE) de mais de 12 mil milhões de euros. E as estimativas mais conservadoras indicam que uma subida das temperaturas três graus acima dos níveis pré-industriais provocará perdas anuais de pelo menos 170 mil milhões de euros.
Perante este cenário, a nova estratégia europeia passa por melhorar a informação sobre o impacto climático, recolhendo mais e melhores dados para disponibilizar aos cidadãos e criando um observatório para analisar e prevenir os impactos das alterações climáticas na saúde. Ao mesmo tempo, pretende promover as medidas de adaptação a nível global, através de uma ação internacional com foco específico em África e nos pequenos países insulares em desenvolvimento.
“A adaptação à crise climática é difícil e nem sempre é recebida com aplausos. O que deve comparar-se é o que vamos fazer com o que se passava se não fizéssemos nada. É um trabalho político”, afirmou, em conferência de imprensa, o vice-presidente da Comissão Europeia para o Pacto Verde, Frans Timmermans.