A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha a prestação de cuidados continuados e prolongados aos doentes infetados com Covid-19, depois de um novo estudo do Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde ter concluído que uma em cada 10 pessoas continua com problemas de saúde persistentes 12 semanas após ter contraído a doença.
O diretor-geral da OMS para a Europa, Hans Kluge, considera que os efeitos a longo prazo são “um motivo extra de preocupação”, pelo que recomenda aos sistemas de saúde que encarem o problema como “uma prioridade clara”, reforçando as abordagens multidisciplinares, novas vias de atendimento, serviços apropriados, incluindo reabilitação, envolvimento de pacientes para promover o autocuidado e criação de sistemas de vigilância.
Segundo o responsável, esta realidade ainda não é totalmente compreendida, mas inclui um conjunto de sintomas físicos preocupantes, entre os quais se destacam casos de fadiga severa e aumento do risco de danos no coração, pulmões e cérebro. Os dados recolhidos até agora indicam que um quarto das pessoas com Covid-19 sofre de sintomas entre quatro a cinco semanas após o teste positivo.