A desigualdade está a crescer para mais de 70 por cento da população global, o que aumenta o risco de divisão e prejudica o desenvolvimento económico e social, alerta o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Sida (UNAIDS, na sigla em inglês), a propósito do Dia de Zero Discriminação que se assinala esta segunda-feira, 1 de março.
A efeméride visa celebrar a diversidade e rejeitar qualquer tipo de preconceito, pelo que a agência da ONU destaca a necessidade urgente de agir para acabar com as desigualdades em torno dos rendimentos, sexo, idade, estado de saúde, ocupação, deficiência, orientação sexual, uso de drogas, identidade de género, raça, classe, etnia e religião que continuam a persistir em todo o mundo.
“Acabar com a desigualdade requer uma mudança transformadora”, lembram os responsáveis da UNAIDS, apresentando o exemplo da Covid-19 e a grande desigualdade na disponibilização das vacinas, o que muitos classificam já como um “apartheid de vacinas” pelas diferenças no acesso à imunização.
Neste sentido, pedem que as pessoas se juntem à agência e exijam que os governos cumpram o seu compromisso de acabar com todas as formas de discriminação: “São necessários maiores esforços para erradicar a pobreza extrema e a fome e aumentar investimentos em saúde, educação, proteção social e empregos decentes. Os governos devem eliminar leis, políticas e práticas discriminatórias e as pessoas devem fazer a sua parte, denunciando episódios de discriminação, dando o exemplo ou defendendo a mudança da lei”.