Depois da proibição de São João Paulo II visitar o Iraque, em 2000, o Papa Francisco espera agora conseguir concretizar com êxito a sua deslocação ao país, evitando assim que o povo iraquiano seja desapontado pela segunda vez. Para que tudo possa decorrer como o planeado, o Pontífice pediu a oração dos fiéis, na Audiência Geral desta quarta-feira, 3 de março, no Vaticano.
“Depois de amanhã, se Deus quiser, irei ao Iraque para uma peregrinação de três dias. Há algum tempo desejo encontrar aquele povo que tanto sofreu; encontrar aquela Igreja mártir na terra de Abraão. Junto com outros líderes religiosos, também daremos outro passo em frente na fraternidade entre os crentes. Peço-lhes para acompanharem com a oração esta viagem apostólica, para que possa realizar-se da melhor forma e dê os frutos esperados. O povo iraquiano nos espera; esperava São João Paulo II, que foi proibido de ir. Não se pode desapontar um povo pela segunda vez. Oremos para que esta viagem possa ser bem feita”, afirmou Francisco.
A deslocação ao Iraque, com início marcado para sexta-feira, 5 de março, tem como lema “Somos todos irmãos” e é apontada como uma das mais importantes e complexas deste Pontificado, já que, além das questões da segurança, envolve também todos os cuidados para evitar contágios com a Covid-19. Francisco quer aproveitar para mostrar a sua proximidade especialmente às comunidades cristãs perseguidas, com as visitas a Mosul, Qaraqosh e Erbil, no Curdistão iraquiano.
Mas um dos pontos altos da viagem será a visita do Santo Padre a Ur, terra de Abraão, um local simbólico para as três religiões monoteístas, onde será realizado o encontro inter-religioso que pretende reunir representantes de todas as religiões presentes no Iraque: cristãos de diversas denominações, muçulmanos xiitas e sunitas, judeus, yazidis, zoroastristas, entre outros, revela o Vatican News.