Um grupo de três dezenas de organizações da sociedade civil enviou uma carta aberta à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, pedindo uma transição climática justa e inclusiva e uma Lei do Clima compatível com 1,5 graus centígrados de aquecimento global.
No documento, os subscritores deixam uma série de recomendações, uma delas a de maior coerência das políticas da União Europeia (UE) face aos compromissos com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, e pedem uma estratégia de adaptação às alterações climáticas que previna crises futuras.
As “políticas como o Pacto Ecológico Europeu – prioritário no plano de recuperação pós-Covid-19 da UE –têm de estar alinhadas na luta pela redução das desigualdades dentro e fora da UE, sobretudo junto dos mais pobres, vulneráveis e marginalizados”, defendem os signatários, apelando a que o Pacto tenha medidas e critérios sociais.
Os ativistas pedem também que as metas climáticas da UE evitem prejudicar o acesso de bens de mercados emergentes como os de África ao mercado comunitário, reforçando a contribuição europeia para os fundos destinados a apoiar os países em desenvolvimento na luta contra as alterações climáticas. E apelam a que se atinja a neutralidade carbónica antes de 2050 e a eliminação de todos os apoios diretos e indiretos aos combustíveis fósseis até 2025 e aos que não estejam alinhados com o Acordo de Paris.