No âmbito do Dia da Mulher, que se celebra no dia 8 de março, o Conselho da Europa alertou para o “aumento dramático” do número de chamadas para as linhas de apoio para denunciar casos de violência de género durante a pandemia. “Os confinamentos levaram a um aumento recorde de abusos domésticos”, revelou a secretária-geral do organismo europeu.
Numa declaração conjunta, Marija Pejcinovic, e a ministra alemã para os Assuntos Familiares e Mulheres, Franciska Giffey, elogiaram os progressos realizados pela Convenção de Istambul sobre a Violência contra as Mulheres e pelo seu comité de acompanhamento (Grevio), que já avaliou 17 países que têm este tipo de linhas disponíveis, e pediram que estas linhas estejam a funcionar durante 24 horas.
As duas responsáveis enaltecerem ainda as alterações legislativas introduzidas no Código Penal sueco para a definição de violação, uma vez que estabelece que “só sim significa sim” no consentimento de relações sexuais e que “a passividade não é um sinal de participação voluntária”.
Por outro lado, criticaram as “campanhas enganosas que alguns grupos têm feito contra a Convenção de Istambul e que desviam a atenção do único objetivo: prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica”, numa alusão aos contramovimentos na Polónia, Hungria, República Checa, Bulgária, Arménia, Turquia ou Azerbaijão.