O Papa Francisco despediu-se do Iraque na manhã desta segunda-feira, 8 de março, depois de uma visita de três dias, em que deixou uma mensagem de paz e esperança e encorajou os iraquianos a recomeçar e reconstruir, caminhando juntos e como irmãos. “Desta terra, há milénios, Abraão começou a sua viagem. Hoje cabe a nós continuá-la, com o mesmo espírito, caminhando juntos pelos caminhos da paz”, afirmou o Santo Padre no seu último compromisso público em terras iraquianas.
Foram dias intensos, onde o Pontífice pôde escutar pessoas e sentir locais que conheceram o sofrimento, com anos e anos de guerras e conflitos sectários. “Ouvi vozes de sofrimento e angústia, mas ouvi também vozes de esperança e consolação”, resumiu Francisco no final da Missa celebrada no domingo, assegurando as suas orações pelo Iraque e convidando todos “a trabalharem juntos e unidos por um futuro de paz e prosperidade que não deixe ninguém para trás, nem discrimine ninguém”.
Assumindo-se como “peregrino da esperança” e “mensageiro da paz”, o Papa quis dar um exemplo de diálogo, ao encontrar-se com o clérigo xiita Al-Sistani e conseguir reunir em Ur – terra de Abraão, pai das três religiões monoteístas – representantes de grande parte das religiões presentes no Iraque. Não esqueceu também as feridas de uma Igreja mártir, que aconselhou a deixa-se contagiar “pela esperança”.
No final desta singular e histórica viagem apostólica, o Presidente da República iraquiano, Barham Ahmed Salih Qassim, manifestou a sua gratidão: “Saudamos Sua Santidade o Papa Francisco, que foi nosso hóspede em Bagdá, Najaf, Ur, Nínive e Erbil, trazendo uma grande mensagem de humanidade e solidariedade com o nosso país. A sua presença, sinal de paz e amor, permanecerá para sempre nos corações de todos os iraquianos”.