Perante problemáticas como o “abandono escolar por parte das raparigas, o casamento prematuro e a igualdade de género”, surge o projeto Supera-te, que visa dar oportunidade a alunas do norte de Moçambique de “acederem ao ensino superior e tomarem contacto com áreas de conhecimento habitualmente reservadas aos estudantes masculinos, como as áreas da Física e Matemática”, explica a Helpo, uma organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa, presente naquele país africano.
De acordo com o organismo português, “inscreveram-se 86 alunas” no projeto Supera-te, que deram já início à sua preparação para os “exames de admissão à Universidade Lúrio”. Esta “formação intensiva”, que tem em vista o acesso ao ensino superior, teve já lugar nas “províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa”.
O projeto Supera-te visa contribuir para “aumentar a igualdade de género no acesso aos cursos da Universidade Lúrio através da criação (desenvolvimento e implementação) de um programa preparatório e tutorial nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática)”. O programa “tem a duração de dois anos e é financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento”. No terreno, o programa é implementado pela Helpo, em parceria com a Universidade Lúrio, com o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e Direções Provinciais de Educação de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, e financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento.