Desde a eclosão do levantamento popular em 15 de março de 2011, que mais tarde levou à guerra civil na Síria, já terão morrido cerca de 400 mil pessoas no conflito, das quais mais de 117 mil eram civis, revelou este fim de semana o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em comunicado, a organização com sede no Reino Unido e com uma ampla rede de colaboradores no terreno, disse ter contabilizado 388.652 mortes na última década, uma estimativa que não inclui as quase 88 mil mortes registadas em prisões e centros de detenção governamental.
Do número total de mortes, pelo menos 117.388 eram civis, incluindo 22.254 crianças, a maioria das quais morreu em ações de forças leais ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, ou em operações por fações opostas, da aviação russa e, finalmente, da turca.
Na sua oração do Ângelus, este domingo, 14 de março, o Papa Francisco apelou à deposição das armas e à reconstrução do país, com a ajuda da comunidade internacional: “Há 10 anos começou o sangrento conflito na Síria, que causou uma das maiores catástrofes humanitárias de nosso tempo: um número não especificado de mortos e feridos, milhões de refugiados, milhares de desaparecidos, destruição, violência de todos os tipos e imenso sofrimento para toda a população, especialmente os mais vulneráveis, como crianças, mulheres e idosos”, disse o Pontífice.
“Renovo meu premente apelo às partes em conflito para que manifestem sinais de boa vontade, de modo que possa se abrir um sinal de esperança para a população que sofre. Também espero um compromisso decisivo e renovado, construtivo e solidário por parte da comunidade internacional, para que, uma vez depostas as armas, a situação social possa ser melhorada e que seja encaminhada a reconstrução e a recuperação económica”, sublinhou.