Um estudo liderado pela Universidade Britânica de Cambridge, publicado recentemente na revista Nature Geoscience, concluiu que as recentes secas de verão na Europa nas últimas duas décadas são muito mais severas do que as registadas nos últimos dois milénios.
Os investigadores analisaram as pegadas químicas em carvalhos europeus para reconstruir o clima de verão e descobriram que, após um padrão de seca duradouro, as condições de seca desde 2015 se intensificaram repentinamente, algo nunca visto nos últimos 2.100 anos.
O estudo assinala ainda que as recentes secas e ondas de calor detetadas na Europa tiveram consequências ecológicas e económicas devastadoras, que se agravarão, ao mesmo tempo que o clima continue a aquecer a nível global.
“Todos estamos conscientes dos verões excecionalmente quentes e secos dos últimos anos, mas necessitávamos fazer as reconstruções das condições históricas para ver como esses extremos recentes se comparam com os anos anteriores. O que experimentámos nos últimos cinco verões é extraordinário para a Europa central, em termos de quão quente (o clima) é e que tem sido consecutivo”, explicou o autor principal da investigação.