Os bispos da Zâmbia aproveitaram o Dia Nacional da Juventude, que se celebrou a 12 de março, para desafiar os jovens a lutar contra a corrupção no país, um fenómeno que ameaça o futuro estável e sustentável da nação e empurra as camadas mais jovens para a pobreza cada vez mais extrema.
“A corrupção é inaceitável porque afoga os jovens ainda mais na pobreza, dando-lhes pouca esperança de sobrevivência e sufocando-os em escolhas de vida desesperadas que, de outra forma, nunca se fariam”, lê-se na nota emitida pela Conferência Nacional dos Bispos (ZCCB) e assinada pelo seu presidente, George Zumaire Lungu.
O documento recorda que um sistema social profundamente corrupto, como o que se vive na Zâmbia, representa “um obstáculo ao processo de realização de um futuro estável e sustentável para os jovens”, porque “rouba os seus sonhos e bloqueia as oportunidades possíveis de fazer emergir o potencial que Deus lhes deu para o bem comum”.
Para combater este flagelo, os bispos exortam os jovens “a participarem na luta contra a corrupção onde quer que se encontre e for evidente”, assegurando-lhes o apoio constante da Igreja “na procura de um ambiente que promova a realização” dos sonhos de todos. “Vós sois os preciosos agentes de mudança de hoje, em preparação para um amanhã melhor”, refere a nota episcopal.
O Dia Nacional da Juventude foi instituído pelo governo da Zâmbia em 1966, para assinalar os tumultos de 12 de março de 1962, quando vários jovens foram mortos pelas forças de segurança coloniais. O evento visa valorizar o compromisso dos jovens com a sociedade, bem como o seu contributo para o desenvolvimento do país, como futuros líderes.