A Organização das Nações Unidas (ONU) e parceiros humanitários encontram-se “profundamente preocupados com a segurança dos civis na cidade de Palma, no norte de Moçambique, após um ataque por grupos armados”, no passado dia 24 de março, referem os serviços de comunicação da organização intergovernamental.
De acordo com agências de notícias, terroristas e extremistas islâmicos teriam assumido o controlo de partes da cidade de Palma, situada nas proximidades de Pemba, capital de Cabo Delgado. Numa nota emitida segunda-feira, 29, Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, refere que as comunicações na cidade de Palma se encontram suspensas, sendo difícil averiguar os efeitos do ataque.
Apesar das dificuldades de comunicação, as Nações Unidas receberam “relatos alarmantes de que dezenas de civis podem ter sido mortos durante os ataques”. A ONU “calcula que milhares fugiram de Palma a pé, de barco e pela estrada para escapar da violência”. “Muitos só levam a roupa do corpo, algumas pessoas entraram pelas matas e precisam de ajuda urgente”. Perante este problema, a ONU e seus parceiros estão a colocar à disposição das vítimas equipas de ajuda humanitária.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) encontra-se a proceder ao envio de “duas mil rações de resposta imediata para apoiar a população deslocada, caso cheguem a Pemba, Ilha de Ibo ou Mueda”. Outros “dois mil kits de rações de resposta estão a ser posicionados para apoiar as populações deslocadas na parte sul do distrito de Palma”.
Devido aos confrontos, a ONU indica que a “assistência alimentar adicional foi temporariamente suspensa”. Já o Serviço Aéreo Humanitário, dirigido pelo PMA, encontra-se a apoiar a “evacuação de civis, incluindo mulheres e crianças”. A pensar no tratamento das pessoas feridas, “foram mobilizadas equipas médicas”.