Pedro Zilli, bispo de Bafatá, na Guiné-Bissau, faleceu quarta-feira, 31 de março, vítima de Covid-19, aos 66 anos de idade. O prelado encontrava-se internado no Hospital de Cumura há duas semanas, de acordo com a Rádio Sol Mansi, a cujo conselho de administração o missionário brasileiro presidia. Numa nota sobre o falecimento do bispo, a diocese de Bissau lembra um bispo “muito amado”, que “deixa um vazio enorme, muito difícil a colmatar”.
A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) demonstra também o seu “pesar e tristeza” pelo falecimento de Pedro Zilli. “Era um homem simples, comunicativo, contador de histórias, amigo de todos, feliz na vocação sacerdotal missionária, enfim, um testemunho vivo do Evangelho”, referem os bispos do Brasil, destacando Pedro Zilli como “um grande missionário, um pai e pastor para o povo guineense e para todos os missionários que eram enviados à Guiné-Bissau”.
Tânia Reis e Maura Carolino estão entre os missionários que puderam contactar com este bispo. Tânia recorre agora às redes sociais para prestar a sua homenagem ao bispo de Bafatá. “Um ser humano que guardo no coração pela simpatia, dedicação, fé. Homem realmente de Deus. De riso e abraço fácil, de palavras simples, de conversa pronta. Pessoa com quem se conversava quase como um amigo, sem exigir trato especial nem palavras caras para nos referirmos a ele”, lembra a jovem, frisando que “foi um gosto enorme poder ter sido missionária na sua diocese de Bafatá”.
Também Maura presta a sua homenagem a uma pessoa que deixou um marco importante na sua vida. “O bispo Pedro Zili era um senhor de coração grande, humilde, disponível, acolhedor… Acolheu-nos e fez questão de nos mostrar a Missão e tudo o que envolve ser missionário. Foi uma honra conhecê-lo e agradeço tudo o que fez por nós enquanto Leigas Missionarias da Consolata”, escreve a voluntária. Pedro Zilli, o primeiro bispo de Bafatá, nasceu a 7 de outubro de 1954, em Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo (Brasil).
Texto: Juliana Batista